21 de set. de 2009

Escola de Fé, Política e Trabalho 19 e 20 de Setembro de 2009 - Sétima Etapa

A política como sendo a mais nobre das vocações porque se coloca a serviço da felicidade dos moradores e como vocação não poderia ser feita de forma profissional visto que se torna vil e acaba criando este sentimento de desencanto que estamos presenciando hoje na vida política do país.

A partir da reflexão acima vinda de um artigo do escritor Rubem Alves (Sobre política e jardinagem) é que iniciamos a 7ª etapa da Escola de Fé, Política e Trabalho em seu 6º ano, promoção da Cáritas Caxias e o Instituto Humanitas Unisinos (IHU). O tema proposto para esta etapa foi 'Projetos políticos para o Brasil e o nivelamento programático dos partidos políticos' que contou com a assessoria do Prof. Dr. César Sanson – Cepat – Centro de estudos, pesquisa e apoio aos trabalhadores – Curitiba - PR.

Fazendo o resgate importante dos partidos políticos e da história política do país a partir da década de 1950 e estudando os principais partidos políticos que temos no cenário político nacional fomos compreendendo melhor o caldo político que estamos vivenciando, os embates a partir das ideologias que identificam os partidos de hoje e constatamos que, de fato, as ações dos principais partidos brasileiros caminham de forma muito parecida o que demonstra este nivelamento programático levantado pelo tema. Algumas poucas posições sobre soberania e participação do Estado na vida econômica e social do país são o que os diferencia, bem como o comportamento ambíguo que alguns partidos têm nas diversas regiões do país coligando com alguns partidos em certos estados e sendo inimigo feroz em outros.

Durante o encontro fez-se também uma análise de imagináveis desdobramentos políticos partidários tendo em vista a eleição para a Presidência da República e quais as possíveis candidaturas para o pleito e suas implicações nas decisões de coligações nos estados.


No domingo foi realizado um estudo profundo sobre o 'Projeto Popular para o Brasil', também conhecido como 'A Consulta Popular', que nasceu em uma reunião plenária realizada em dezembro de 1997, em Itaici (SP), onde estiveram presentes aproximadamente 400 militantes de movimentos sociais da cidade e do campo, praticamente de todo o Brasil. O grupo se reuniu a partir da necessidade de se pensar um projeto para o Brasil, uma vez que partidos populares cada vez mais se institucionalizavam e abandonavam a perspectiva do debate sobre os rumos do Brasil. Na origem da Consulta Popular se encontra a 2ª Semana Social Brasileira a partir do tema 'Brasil. Alternativas e Protagonistas', que também ficou conhecida como 'O Brasil que queremos'.

A próxima etapa acontece nos dias 17 e 18 de Outubro de 2009 e o tema proposto é Dignidade humana, bioética e biotecnologia com o Prof. Dr. José Roque Junges – Unisinos e A busca de um projeto ético mundial, planetário com frei Prof.Dr. Luiz Carlos Susin - PUCRS.

Zeca Somensi

P/ Equipe da Escola Fé e Política

17 de set. de 2009

7ª etapa Escola Fé, Política e Trabalho

 

"Estamos construindo o inédito viável"

(Paulo Freire)

 

Estamos indo para a sétima etapa da Escola Fé, Política e Trabalho deste ano, nos dias 19 e 20 de setembro de 2009. Esta escola é uma iniciativa da Diocese de Caxias do Sul, através da Cáritas, com a parceria do Instituto Humanitas-Unisinos. O tema desta etapa será: Projetos políticos para o Brasil e o nivelamento programático dos partidos políticos.

 

Assessoria:

Dr. Cesar Sanson, é doutor em Sociologia do Trabalho na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pesquisador do CEPAT (Centro de estudos, pesquisa e apoio ao trabalhador) de Curitiba – PR. O CEPAT é parceiro do IHU – Instituto Humanitas – Unisinos.

 

Os objetivos específicos desta etapa são:

-         Estudar a história da formação dos partidos políticos, compreendendo melhor a cultura política do povo brasileiro.

-         Estudar os projetos dos partidos políticos, e sua importância na consolidação da democracia;

-         Analisar em nosso contexto o que é estrutural e o que é conjuntural compreendendo as grandes questões que envolvem a política brasileira.

 

Neste sexto ano de edição da escola, estamos com um grupo de mais de 100 participantes, provenientes de 23 municípios, inclusive fora da abrangência de nossa Diocese, como por exemplo, Canoas, Porto Alegre, Dois Irmãos, Vacaria, Torres, Canela, Montenegro, São Leopoldo, Harmonia e São José do Sul.

Esta escola é destinada às lideranças comunitárias, sociais, políticas e sindicais; agentes de pastoral, professores, funcionários públicos, vereadores, estudantes e lideranças de organizações populares.

São 10 etapas durante os meses de março a dezembro, sempre no terceiro final de cada mês, totalizando 170 horas/aulas, com certificado da UNISINOS.

Esta escola tem como objetivo:

Contribuir para a formação e articulação de lideranças nos vários âmbitos de atuação da realidade, gestando a criação de uma mentalidade nova, mais de acordo com o Ensino Social da Igreja, que permita um sentir e agir cristão comprometido e responsável pela construção de uma sociedade solidária.

 

Diretrizes da Escola:

1. Compromisso com a autenticidade da prática da fé;

2. Compromisso com os valores éticos e evangélicos tais como a vida, a solidariedade, a justiça, a fraternidade e a coerência;

3. Compromisso com a construção de uma sociedade democrática, culturalmente plural, economicamente justa, ecologicamente sustentável, socialmente solidária e eclesialmente de comunhão e participação;

4. Compromisso de favorecer um espaço e mentalidade que dê condições de se relacionar com o diferente, fazendo a experiência da convivência, do diálogo e da tolerância para um relacionamento aberto ao pluralismo.

5. Compromisso e ousadia de buscar saídas simples e coerentes para os problemas mais prementes do povo, principalmente os mais empobrecidos, apostando em caminhos novos.

6. Compromisso de que os participantes, a partir de uma metodologia participativa, possam conhecer e interpretar cada vez melhor a realidade local para um agir mais consciente.

7. Compromisso de proporcionar um acompanhamento sistemático e integral às pessoas que assumem conscientemente sua fé, atuando nas várias instâncias da realidade.

 

A programação completa e maiores informações podem ser encontradas no blog: http://www.caritascaxias.blogspot.com, no site da diocese: www.diocesedecaxias.org.br ou no endereço eletrônico: caritascaxias@yahoo.com.br ou no telefone 54-3211-5032.

 

 

Sirvam nossas façanhas..., José Antonio Somensi (Zeca)

Sirvam nossas façanhas...

Setembro apresenta duas datas carregadas de simbologia para nós. Diz à história, aquela contada nos livros, que no dia 07 de Setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, D. Pedro I proclamou a Independência do Brasil, cortou os laços que nos prendiam a Portugal, mas para consumo interno manteve a escravidão e a estrutura fundiária continuou beneficiando a elite agrária do país. Portugal 'aceitou' a Independência depois do pagamento de dois milhões de libras esterlinas conseguidas através de empréstimo junto à Inglaterra. Independência estranha essa porque D. Pedro I depois que deixou o trono de Imperador do Brasil foi por um pequeno período rei de Portugal.

Independência que ainda não se completou porque as desigualdades sociais estão aí a nos desafiar, a reforma agrária não sai, algumas empresas detêm o monopólio das sementes surgidas neste chão, escolhem o que, como e onde plantar. Temos uma casta de políticos atrelados a grupos internacionais e com atitudes de subserviência que enoja. Temos multinacionais com os seus testa de ferro que a todo o momento criam obstáculos para que a dependência continue. Hoje até temos os tais de bilhões de dólares (não mais libras esterlinas) de reservas cambiais e emprestamos dinheiro por aí, mas querem 'cuidar' da Amazônia por nós, querem o pré-sal e outras coisinhas mais...

Outra data significativa é 20 de Setembro, culto a 'tradição', ao mito, a bravura de um povo que costuma dizer que é brasileiro por opção. Além de valorizarmos a boa e farta comida, a música, o chimarrão, achamo-nos diferentes do restante do país, culturalmente superiores, politicamente os mais corretos e ainda lembramos a todos que 'no meu pala ninguém pisa' e num passado mais distante ainda gritaram 'esta terra tem dono'. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra de peito estufado e queixo erguido.

Como a data de 20 de Setembro é nutrida pelo saudosismo acho que foi por isso que destruíram recentemente (maio de 2009) o monumento a Sepé Tiaraju, para mostrar quem é que manda por aqui, que esta terra tem dono e não servirá para reforma agrária nenhuma, nem que para isso tenham que derrubar um a um a tiro de espingarda calibre 12 cada Elton Brum da Silva que pise nestas terras que deixaram de dar lucro, mas não poder (quantos puxaram o gatilho desta espingarda?). Criaram as escolas feitas de módulos metálicos habitáveis (containeres) e negam aplicar na Educação o que a lei determina para mostrar como educar bem as nossas crianças nas adversidades. Mostram que muitos de nossos políticos defendem a ética de forma diferenciada – depende da posição geográfica onde os fatos acontecem. Temos políticos que não precisam de cuecas, transparecem a sua decência gaudéria com dinheiro sendo transportadas em míseras sacolas plásticas que é para mostrar um profundo desapego ao vil metal e o dinheiro que carregam é para doações de cunho filantrópico. Criticam a escolha, em outros estados, de políticos folclóricos e não percebem que a mesma coisa acontece por aqui e toda a semana para não falar todos os dias, chamuscadas atingem a vida política do Rio Grande. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra em uníssono e olhos marejados.

Talvez por estes e outros fatos que colocam o nosso estado neste início do século 21 de forma 'esgualepada' -para usar um termo de ocasião- é que fazem com que busquem valorizar cada vez mais este mito do tradicionalismo, porque como dizem os estudiosos, o mito opera uma ponte entre o passado e o futuro, um passado com a visão das estâncias (de poucos donos, diga-se de passagem) e um futuro iluminado e glorioso. Não convém falar do presente por ser perigoso, porque as questões cidadãs, do dia a dia comprometem, exigem posicionamentos e as pessoas aparecem como elas são realmente. Sirvam nossas façanhas de modelo a toda a terra e nenhum pudor surge no rosto desta gente.

E por falar em história, a contada nos livros, o dia 20 de Setembro de 1835 é a data em que planejavam destituir o presidente da província do Rio Grande, mas deu errado e a tomada de Porto Alegre aconteceu um dia depois. Fazer o que se as façanhas não acontecem como a gente planeja?

José Antonio Somensi (Zeca)

16 de set. de 2009

texto de Pedro Casaldáliga

14.09.09 - AMÉRICA LATINA E CARIBE
 
Agenda Latinoamericana: Salvemo-nos com o Planeta

Dom Pedro Casaldáliga *

À maneira de introdução fraterna

Vinte anos atrás tratavam de ecologia umas poucas pessoas, tachadas inclusive de bucólicas ou de derrotistas. Não era um tema sério nem para a política nem para a educação nem para a religião. Podia-se venerar a Francisco de Assis como santo das flores e dos pássaros, mas sem maior compromisso.

Agora, e quem sabe se tarde demais, o mundo inteiro está-se sensibilizando, atordoado pelas notícias e pelas imagens de cataclismos atuais e de previsões pessimistas que enchem os nossos telediários. E já são muitos os congressos e os programas que ventilam como um tema vital a ecologia, desnudando as causas e urgindo propostas concretas acerca do meio ambiente. Até as crianças sabem agora de ecologia...

O tema é novo, então, e desesperadamente urgente. Acabamos por descobrir a Terra, nosso Planeta, como a casa comum, a única que temos, e estamos descobrindo que somos uma unidade indissolúvel de relações e de futuro.

Frente aos gastos astronômicos nos espaços siderais, frente ao assassino negócio do armamentismo, frente ao consumismo e luxo de uma privilegiada parcela da Humanidade, agora vamos sabendo que o desafio é cuidar deste Planeta. A última grande crise, filha do capitalismo neoliberal, embrutecido na usura e o esbanjamento, que vem ignorando cinicamente tanto o sofrimento dos pobres como as limitações reais da Terra, está-nos ajudando a abrir os olhos e esperamos que também o coração. Leonardo Boff define O grito da Terra como o grito dos pobres e James Lovelock nos avisa acerca da 'A vingança da Terra', -a teoria de Gaia e o futuro da Humanidade-. "Durante milhares de anos, diz Lovelock, a Humanidade vem abusando da Terra sem ter em conta as consequências. Agora, que o aquecimento global e o cambio climático são evidentes para qualquer observador imparcial, a Terra começa a se vingar". Estamos tratando a Terra como um assunto apenas econômico e exigimos da Terra muitos deveres, mas ignoramos os direitos da Terra.

Certos especialistas e certas instituições internacionais nos vêm mentindo. A mão invisível do Mercado não resolvia o desastre mundial. Quanto mais livre era o comercio mais real era a fome. Segundo a FAO, em 2007 havia 860 milhões de famintos; em janeiro de 2009 cento nove milhões mais. A metade da população africana subsahariana, por citar um exemplo dessa África crucificada, mal vive na extrema pobreza. A ladainha de violência e desgraças provocadas é interminável. No Congo há 30.000 meninos soldados dispostos a matar e a morrer a troco de comida; 17% da floresta amazônica foram destruídos em cinco anos, entre 2000 e 2005; o gasto da América Latina e do Caribe em defesa cresceu um 91%, entre 2003 e 2008; uma dezena de empresas multinacionais controla o mercado de semente em todo o mundo. Os Objetivos do Milênio se evaporaram na retórica e em suas reuniões elitistas os países mais ricos dizem covardemente que não podem fazer mais para reverter o quadro.

É tradição da nossa Agenda enfrentar a cada ano um tema maior, de atualidade quente. Não podíamos, logicamente, deixar de lado este tema vulcânico.

O tema é amplo e complexo. Somos nós ou é o Planeta quem está em crise mortal? Baralhamos três títulos para esta Agenda 2010 que apontam para possíveis focos. "Salvar o Planeta", "Salvaremos o Planeta?", "Salvemo-nos com o Planeta". Optamos pelo último título, porque técnicos e profetas nos vêm recordando que nós somos o Planeta também; somos Gaia, estamos despertando para uma visão mais holística, mais integral; estamos descobrindo, finalmente, que o Planeta Terra é também o Planeta Água. Um recente livro infantil intitula-se precisamente Ajudo ao meu Planeta. A salvação do Planeta é a nossa salvação, e não faltam especialistas que afirmem que o Planeta vai-se salvar seguindo o curso do Universo e, entretanto, a vida humana e todas as vidas do Planeta serão um sombrio passado.

A Agenda não quer ser pessimista, não pode sê-lo. Quer ser realista, se comprometer com a realidade e abraçar vitalmente as causas que promovem uma ecologia esperançada e esperançadora.

Essa ecologia profunda, integral, deve incluir todos os aspectos da nossa vida pessoal, familiar, social, política, cultural, religiosa... E todas as instituições políticas e sociais, em nível local, nacional e internacional, têm de fazer programa seu fundamental "a salvação do Planeta". É imprescindível uma globalização de signo positivo, trabalhando pela mundialização da ecologia. Rechaçando e superando a atual democracia de baixa intensidade urge implantar uma democracia de intensidade máxima e, mais explicitamente, uma "biocracia cósmica". Urge criar, estimular, potenciar, em todas as religiões e em todos os humanismos uma espiritualidade "profunda e total" de signo positivo, de atitude profética na libertação de todo tipo de escravidão; vivendo e militando por uma nova valoração de toda vida, da matéria, do corpo, do eros. O ecofeminismo sai ao encontro de um desafio fundamental, Gaia é feminina. Impõe-se uma nova relação com a natureza, naturalizando-nos como natureza que somos e humanizando a natureza na qual vivemos e da qual dependemos. Eu sou eu, diria o filósofo, e a natureza que me circunda.

O melhor que tem a Terra é a Humanidade, apesar de todas as loucuras que temos cometido e seguimos cometendo, verdadeiros genocídios e verdadeiros suicídios coletivos.

Propiciando essa mudança radical que se postula e proclamando que é possível outra ecologia em outra sociedade humana, fazemos nossos estes dois pontos do Manifesto da Ecologia Profunda: "A mudança ideológica consiste principalmente em valorizar a qualidade da vida -de viver em situações de valor intrínsecas- mais do que tratar incessantemente de conseguir um nível de vida mais elevado. Terá que se produzir uma tomada de consciência profunda da diferença que há entre crescimento material e o crescimento pessoal independente da acumulação de bens tangíveis". E acrescenta o Manifesto: "Quem subscreve os pontos que se enunciam no Manifesto tem a obrigação direta ou indireta de agir para que se produzam estas mudanças, necessárias para a sobrevivência de todas as espécies do Planeta", incluindo «a santa e pecadora» espécie humana.

Militantes e intelectuais comprometidos com as grandes causas estão preparando uma Declaração Universal do Bem Comum Planetário que se expressa através de quatro pactos: 1) O Pacto ecológico natural, responsável de proteger a Terra. 2) O Pacto ecológico social, responsável de unir todas as esperanças e vontades. 3) O Pacto ecológico cultural, que deve estar baseado na promoção do pluralismo, da tolerância e do encontro da Humanidade com os ecossistemas, os biomas, a vida do Planeta. 4) O Pacto ecológico ético espiritual, fundado na dimensão do cuidado, a compaixão, a corresponsabilidade de todos com tudo.

Devemos escutar o que nos dizem simultaneamente as novas ciências e as novas teologias. Queremos viver este kairós ecológico de militância e de mística com o Deus de todos os nomes e de todas as utopias.

Com Jesus de Nazaré muitos libertários, profetas e mártires em Nossa América nos precedem e nos acompanham nesta marcha pelo deserto para "a Terra sem Males".

É uma utopia absurda? Só utopicamente nos salvaremos. A arrogância dos poderes, o lucro desenfreado, a prepotência, as claudicações, vêm a nos desanimar; mas nós nos negamos ao desânimo, à corrupção, à resignação. A Pacha Mama e Gaia estão vivas, são vivificadoras. Nenhuma estrutura de morte terá mais poder que a Vida.

Pedro CASALDÁLIGA


* Bispo Emérito da Prelazia de São Félix do Araguaia

11 de set. de 2009

Programa Projeto Popular - sexta, 11/09, 22h10

O Programa Projeto Popular desta sexta-feira - dia 11 de setembro - as 22h10, traz o debate sobre a situação da agricultura brasileira.
 
Os entrevistados são Frei Sérgio Gorgen (Via Campesina / Movimento dos Pequenos Agricultores) e Julian Perez (Campanha Terminar Terminator).
 
O Programa Projeto Popular é exibido pela TV Educativa do Paraná, todas as sextas-feiras, às 22h10. Pode ser assistido também pela Sky - canal 115.
 
ou
PELA PARABOLICA