30 de out. de 2009

hoje, dia 30, as 22h10

Nesta sexta-feira (30/10), às 22h10,

a TV Educativa do Paraná exibe mais uma

edição do Programa Projeto Popular.

 

Produzido, elaborado, e conduzido pelos movimentos sociais brasileiros,

o programa se dispõe a debater os grandes temas da sociedade mundial,

latino-americana e brasileira de forma interdisciplinar a partir do

movimento social brasileiro com vistas à elaboração de

um projeto popular de nação é o objetivo desse programa.

 

O programa nesta semana aborda a realização da I Conferencia Nacional de Comunicação.

 

Participam da discussão Elza de Oliveira (Professora da Universidade Positivo) e

Flora Neves (Professora do Departamento de Comunicação da Universidade Estadual de Londrina-PR e

membro da Comissão Organizadora da Conferencia Estadual de Comunicação).

 

 

O Programa Projeto Popular é exibido às sextas-feiras, sempre às 22h10.

 

A iniciativa é fruto da parceria dos movimentos sociais brasileiros com a TV Educativa do Paraná

(Canal 9 da TV aberta - somente naquele estado -, ou 115 da SKY).

 

 

Os programas também podem ser vistos pela internet:

 

http://www.aenoticias.pr.gov.br/tv-aovivo.php

ou

http://www.rtve.pr.gov.br/modules/programacao/tv_ao_vivo.php

 

Informações:    projetopopular@quemtv.com.br

 

27 de out. de 2009

dia 28, quarta, 19h30 - palestra gratuita

CEPDH (Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos), de Caxias do Sul, comemora em 2009 seus 25 anos.
 
E, dando continuidade a uma série de palestras já promovidas em 2009, será realizada no próximo dia 28 de outubro, quarta-feira, às 19hs30min, no auditório da Faculdade da Serra Gaúcha, a palestra SEGURANÇA PÚBLICA E DIREITOS HUMANOS, com o advogado Dr. Jacques Alfonsin. Esta palestra tem a parceria da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG).
 
Segue folheto eletrônico da palestra abaixo.
 
CEPDH - Centro de Estudos, Pesquisa e Direitos Humanos

19 de out. de 2009

8ª Etapa - Escola de Fé, Política e Trabalho 2009

Nos dias 17 e 18 de Outubro de 2009 no Centro Diocesano de Formação Pastoral aconteceu a 8ª etapa da Escola de Fé, Política e Trabalho em sua 6ª edição. Escola realizada pela Cáritas Caxias com a parceria do Instituto Humanitas Unisinos – IHU e com apoio da Diocese de Caxias do Sul.

Cumprindo o seu objetivo de contribuir na formação através de temas atuais tivemos no dia 17 a assessoria do padre Prof. Dr. José Roque Junges – Unisinos que desenvolveu o conteúdo "A dignidade humana e a biotecnologia".

A partir da escolha de um tripé da modernidade – Indivíduo-Autonomia; Ciência e Técnica-Racionalidade Instrumental; Estado e Mercado-Democracia; fomos avançando nestes desequilíbrios humanos que tem como símbolo a grande doença de nossos dias que é a depressão.
Depressão alimentada por desejos turbinados pela nossa sociedade de consumo e que elimina desta mesma sociedade as relações afetivas que existiam como o sistema social da Dádiva (Mauss) e cria um indivíduo isolado sem compromisso com os outros porque isso se torna papel do Estado, mas com uma grande necessidade de se exibir, criar visibilidade através das novas tecnologias comunicacionais tais como o Orkut, twitter, MySpace, Facebook e outros surgindo o que a professora Maria Paula Sibilia denominou 'show do eu'.

Temos então um indivíduo sem relação, isolado, independente, nem sempre autônomo, numa sociedade de risco com conhecimento científico fragmentado (sabe muito de uma área só) num estado burocrático dependente de uma economia de mercado.

No dia 18 a assessoria ficou a cargo do frei Prof. Dr. Luiz Carlos Susin – PUCRS - que desenvolveu o tema "A busca de um projeto ético mundial, planetário". Aproveitando os avanços tecnológicos que nos colocam não mais pertencentes só ao sistema solar (o que já é grande coisa), mas ao universo que continua a se expandir temos que, a partir desta visão de universo, agir localmente com uma visão global dentro de uma ética capaz de salvar o planeta Terra, consumindo menos, sendo menos competitivo.
O resgate de uma ética apropriada para salvar o planeta deve recuperar e respeitar as identidades, as etnias, as religiões, as individualidades, com respeito à Natureza, como afirma Edgar Morin é preciso 'realizar a unidade planetária na diversidade'.

A próxima etapa acontece dias 21 e 22 de Novembro com os temas: 'Sociedade sustentável e fundamento ético de uma consciência planetária' com o prof. Dr. Aloísio RuscheinskyUnisinos e 'Bíblia: projeto de uma sociedade sem exclusão' com o Pr. Dr. Pedro Kramer – Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana.

16 de out. de 2009

Últimas etapas do 6o. ano de Fé, Política e Trabalho na Diocese de Caxias do Sul

8ª etapa da Escola Fé, Política e Trabalho



No próximo final de semana, nos dias 17 e 18 de outubro de 2009, acontece a oitava etapa da Escola de Formação Fé, Política e Trabalho. Esta escola é uma iniciativa da Diocese de Caxias do Sul, através da Cáritas, com a parceria do Instituto Humanitas-Unisinos. O tema desta etapa será: Dignidade humana, bioética e biotecnologia A busca de um projeto ético mundial, planetário.



Assessoria:


1º.) Pe. José Roque Junges – Unisinos


- Doutorado em Teologia Moral pela Pontificia Università Gregoriana de Roma, Itália (1985).


- Atualmente é professor e pesquisador de bioética na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Editor associado da Revista Brasileira de Bioética (RBB),


- Vice-Presidente da Sociedade Riograndense de Bioética e Membro da Sociedade Brasileira de Teologia Moral.


- Tem experiência na área de Teologia, Filosofia e ética, com ênfase em bioética, atuando principalmente nos seguintes temas: bioética, ética ambiental saúde coletiva. Muitos livros publicados.



2º.) Prof. Dr. Luiz Carlos Susin – PUCRS.


- Doutorado em Teologia pela Pontificia Universitas Gregoriana (1983).


- Atualmente é professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,


- membro do Comitê de redação da Revista Internacional de Teologia Concilium,


- membro da Equipe de Reflexão Teológica da Conferência dos Religiosos do Brasil,


- Secretário Executivo do Fórum Mundial de Teologia e Libertação.


- Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Ética fundamental, Antropologia teológica, História da teologia latino-americana, Relações entre pensamento contemporâneo e teologia.



Os objetivos específicos desta etapa são:


- Biotecnologia: expressão de um novo poder. A dignidade humana diante dos avanços e conquistas da ciência e a necessidade de respeitar os critérios éticos de prioridade à vida: nem tudo o que é tecnicamente possível é eticamente aceitável.


- Buscar uma "uma mobilização geral das consciências e um esforço ético comum, para se atuar uma grande estratégia em favor da vida. Todos juntos devemos construir uma nova cultura de vida" (EV 95). (Evangelização e missão profética da igreja, CNBB, 2005).


- Proporcionar elementos de reflexão teóricos e práticos, a partir da necessidade de definição de um ethos para toda a humanidade.



Neste sexto ano de edição da escola, estamos com um grupo de mais de 100 participantes, provenientes de 23 municípios, inclusive fora da abrangência de nossa Diocese, como por exemplo, Canoas, Porto Alegre, Dois Irmãos, Vacaria, Torres, Canela, Montenegro, São Leopoldo, Harmonia e São José do Sul.


Esta escola é destinada às lideranças comunitárias, sociais, políticas e sindicais; agentes de pastoral, professores, funcionários públicos, vereadores, estudantes e lideranças de organizações populares.


São 10 etapas durante os meses de março a dezembro, sempre no terceiro final de cada mês, totalizando 170 horas/aulas, com certificado da UNISINOS.



Esta escola tem como objetivo:


Contribuir para a formação e articulação de lideranças nos vários âmbitos de atuação da realidade, gestando a criação de uma mentalidade nova, mais de acordo com o Ensino Social da Igreja, que permita um sentir e agir cristão comprometido e responsável pela construção de uma sociedade solidária.



Diretrizes da Escola:


1. Compromisso com a autenticidade da prática da fé;


2. Compromisso com os valores éticos e evangélicos tais como a vida, a solidariedade, a justiça, a fraternidade e a coerência;


3. Compromisso com a construção de uma sociedade democrática, culturalmente plural, economicamente justa, ecologicamente sustentável, socialmente solidária e eclesialmente de comunhão e participação;


4. Compromisso de favorecer um espaço e mentalidade que dê condições de se relacionar com o diferente, fazendo a experiência da convivência, do diálogo e da tolerância para um relacionamento aberto ao pluralismo.


5. Compromisso e ousadia de buscar saídas simples e coerentes para os problemas mais prementes do povo, principalmente os mais empobrecidos, apostando em caminhos novos.


6. Compromisso de que os participantes, a partir de uma metodologia participativa, possam conhecer e interpretar cada vez melhor a realidade local para um agir mais consciente.


7. Compromisso de proporcionar um acompanhamento sistemático e integral às pessoas que assumem conscientemente sua fé, atuando nas várias instâncias da realidade.



A programação completa e maiores informações podem ser encontradas no blog: http://www.caritascaxias.blogspot.com, no site da diocese: www.diocesedecaxias.org.br ou no endereço eletrônico: caritascaxias@yahoo.com.br ou no telefone 54-3211-5032.


"Estamos construindo o inédito viável"


(Paulo Freire)

15 de out. de 2009

sexta, 22h10

Programa Projeto Popular

Nesta sexta-feira (16/10), às 22h10, a TV Educativa do Paraná exibe mais uma edição do Programa Projeto Popular.

Produzido, elaborado, e conduzido pelos movimentos sociais brasileiros, o programa se dispõe a debater os grandes temas da sociedade mundial, latino-americana e brasileira de forma interdisciplinar a partir do movimento social brasileiro com vistas à elaboração de um projeto popular de nação é o objetivo desse programa.

O programa nesta semana aborda a influência da publicidade para crianças e adolescentes.

Participam da discussão a advogada Tamara Gonçalves (Instituto Alana) e Pietra Rassi (especialista em marketing).

O Programa Projeto Popular é exibido às sextas-feiras, sempre às 22h10. A iniciativa é fruto da parceria dos movimentos sociais brasileiros com a TV Educativa do Paraná (Canal 9 da TV aberta - somente naquele estado -, ou 115 da SKY).

Os programas também podem ser vistos pela internet:

http://www.aenoticias.pr.gov.br/tv-aovivo.php                           ou

http://www.rtve.pr.gov.br/modules/programacao/tv_ao_vivo.php

Informações:    projetopopular@quemtv.com.br

8 de out. de 2009

mais notícias de HONDURAS...

 
 

"Tiro ao alvo", por José Antonio Somensi (Zeca)

 

Tiro ao alvo.

Duas imagens de acontecimentos nas últimas semanas continuam povoando a minha mente e acabam com que eu faça algumas digressões.

O corpo do trabalhador rural Elton Brum da Silva (+21/08/09) estendido numa maca de metal no Instituto Médico Legal com as costas marcadas pelas balas vindas de uma espingarda calibre 12 durante uma manifestação me leva a pensar na dificuldade histórica que se tem na realização da reforma agrária no país. Não conseguimos realizá-la quando da Proclamação da República nem mesmo durante o favorável período de industrialização do país a partir dos anos de 1950. Hoje enquanto nossa economia se firma com um pé no agronegócio exportador, alguns governantes, partidos políticos identificados com o latifúndio e a grande mídia criminalizam os movimentos sociais em especial o MST e criam dificuldades para não permitir que haja a atualização dos índices de produtividade no campo defasados em no mínimo 40 anos. Aqui fazemos uma pequena observação: embora não tenha a vivência do campo, mas percebendo a evolução técnica da indústria, por analogia essa evolução também ocorreu no campo, talvez em menor escala, o que por si só justifica um novo índice, mas se não bastasse este aspecto, digamos subjetivo, usamos então dados estatísticos.

Segundo dados divulgados pelo IBGE o Censo Agropecuário de 2006 mostra um aumento na concentração de terra no Brasil nos últimos 10 anos que estão sendo utilizados principalmente para soja e criação de gado com uso abusivo de agrotóxicos e desmatamento sem critério cabendo as pequenas propriedades por garantir a segurança alimentar através do plantio dos produtos que compõem a cesta básica dos brasileiros, bem como a contratação de trabalhadores (mais de 80% dos trabalhadores rurais). À medida que estes dados começam a chegar para a população fica cada vez mais difícil apresentar argumentos contra a reforma agrária restando força bruta, a violência, a manipulação de informações, o aparato de seguranças privados, segurança pública para garantir a propriedade privada e a espingarda. Balas neles. (Nota: No dia 05/10/09 a imprensa mostrou que o MST invadiu uma área da Fazenda Capim e destruiu alguns pés de laranjas, mas esqueceu ou não quis informar que estes pés de laranja e parte da fazenda estão nas terras da União, ou seja a Sucocítrico Cutrale dona da Fazenda Capim usa a terra de forma irregular, pratica a grilagem destas terras. Paralelo a isso o governador de São Paulo José Serra em entrevista disse que o MST procura criar confusão na sociedade e busca um mártir, justificando de antemão uma ação mais violenta por parte da polícia paulista nas questões de terra.)  

A cabeça de um assaltante do Rio de Janeiro transpassada por um tiro de espingarda (?) efetuado por um atirador de elite mostrado praticamente ao vivo e depois amplamente divulgada pelos telejornais e programas que exploram a exaustão casos de violência – principalmente na periferia nos mostra a situação da violência na cidade. Sabemos que a violência tem aumentado de forma muito rápida nesta nossa sociedade individualista e consumista e que as desigualdades sociais continuam a atormentar a população. Falar de violência é sempre desafiador porque se não sofremos diretamente com ela conhecemos alguém próximo que já sofreu algum tipo de violência, seja roubo, agressão física, coação, no trânsito e quando não é isso tem aqueles que nos acusam de que defendemos os direitos humanos porque em ultima análise é para proteger bandido. Somos sim defensores da vida, achamos que ninguém deve tirar a vida de ninguém, nem do assaltado, nem do assaltante porque não é essa solução como mostram os resultados em países onde a pena de morte é legal. Embora reconhecendo que uma parte da violência não tem sua origem na pobreza onde muitos assaltos e crimes são realizados por pessoas que não passam fome, tem casa para morar, boa escolaridade -não confundir com boa educação-, tem família, não podemos deixar de admitir que a principal causa é a desigualdade social (econômica, educacional, racial, cultural...) fruto da falta de interesse dos governos em assumir a responsabilidade de cumprir a Constituição quando assumem seus cargos eletivos. Lembramos aqui as palavras do bispo de Abaetetuba – Pará – Dom Flávio Giovenale que diz que não devemos ser ingênuos tratando os bandidos só com flores, mas o símbolo da paz é uma pomba que para voar precisa de duas asas; uma asa é a repressão ou seja, uma polícia melhor equipada, melhor remunerada, menos corrupta, com um judiciário trabalhando e fazendo cumprir as leis; outra asa é a prevenção, os direitos que todos os cidadãos precisam ter para que possam sentir sua cidadania plena.(IHU 13/01/2008)

Pode ser coisa de minha cabeça mas acredito que existam semelhanças entre a morte do Elton Brum da Silva e do Sérgio Ferreira Pinto Júnior (+25/09/09 - esse era o nome do assaltante morto em Vila Isabel). Colocar a culpa nos Eltons e Sérgios é fácil e justificar que não precisa invadir terras, nem roubar é tranquilizador para nós porque estamos no lado de cá. Tal como na era medieval ficamos em praça pública vibrando com a morte dos outros, exigindo aos gritos a execução destes selvagens, como se essa nossa ação não fosse também uma selvageria. Vejo nestes dois casos a tentativa de forma subliminar talvez, de apresentar para a sociedade que a solução para estes problemas sociais seja uma pena de morte não oficial, portanto inconstitucional, que seja preciso eliminar ou ‘neutralizar’ (Carolina Maria Médici) quem está atrapalhando sem precisar mudar o ‘status quo’ que vivemos. A violência, como nos lembra o padre Gilnei Fronza não tem saída individual, precisa de ações conjuntas e é preciso querer enfrentar o problema. Aqueles que não querem têm outras propostas: Reforma agrária? Bala neles! Trabalho, salário, moradia, terra, saúde, educação? Bala neles! Pomba da paz? Bala nelas! Simples, não?

José Antonio Somensi (Zeca)

7 de out. de 2009

Programa Projeto Popular

9 de outubro – sexta-feira

22h10

TV Educativa do Paraná

 

Nesta sexta-feira (09/10), às 22h10, a TV Educativa do Paraná exibe mais uma edição do Programa Projeto Popular. Produzido, elaborado, e conduzido pelos movimentos sociais brasileiros, o programa se dispõe a debater os grandes temas da sociedade mundial, latino-americana e brasileira de forma interdisciplinar a partir do movimento social brasileiro com vistas à elaboração de um projeto popular de nação é o objetivo desse programa.

 

O programa nesta semana aborda a relação do ser humano com a mídia.

 

Participam da discussão os jornalistas Denise Cogo e Sérgio Gadini.

 

O Programa Projeto Popular é exibido às sextas-feiras, sempre às 22h.

 

A iniciativa é fruto da parceria dos movimentos sociais brasileiros com a TV Educativa do Paraná (Canal 9 da TV aberta - somente naquele estado -, ou 115 da SKY).

 

Os programas também podem ser vistos:

 

- Canal 9 da TV aberta (no estado do Paraná)

 

- Canal 115 da SKY

 

- Pela internet:   

http://www.aenoticias.pr.gov.br/tv-aovivo.php

ou

http://www.rtve.pr.gov.br/modules/programacao/tv_ao_vivo.php

 

Informações: projetopopular@quemtv.com.br 

 

3 de out. de 2009

Ficha limpa: “O principal aspecto são as condenações reiteradas por desvio de verbas”.

Entrevista especial com Marlon Reis

 

O projeto Ficha Limpa, que está agora sob a análise da Câmara dos Deputados, visa melhorar o perfil dos candidatos e candidatas a cargos eletivos do país. Se for aprovada, vira lei e, com isso, barra as possíveis candidaturas de políticos que tenham, em sua ficha, delitos graves ou renunciaram para escapar de punições. Hoje, segundo o juiz Marlon Reis, "o principal aspecto são as condenações reiteradas por desvio de verbas", muitas delas, inclusive, ligadas a investimentos que deveriam ser feitos nas áreas da saúde e educação. Em entrevista à IHU On-Line, realizada por telefone, Reis, que faz parte do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, disse que acredita que o projeto vai ser sim aprovado, mas receia que, durante as análises dos deputados e senadores, sejam fixados critérios ou padrões que não representem um ganho efetivo para garantir a qualidade e honestidade do processo eleitoral.

Marlon Reis é natural do Maranhão. Atua como juiz eleitoral. É também presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais (Abramppe).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O Congresso deve aprovar a lei da Ficha Limpa?

Marlon Reis –
Eu não tenho dúvida de que vai aprovar. Nosso receio é de que eles fixem critérios e padrões inaceitáveis que, mesmo modificando a legislação atual, o projeto, então, não represente um ganho efetivo para a lisura do processo eleitoral.

IHU On-Line – Que mudanças podem indicar?

Marlon Reis –
Alguns parlamentares falaram da necessidade de confirmação dessa decisão por outra instancia. Eu não concordo, pois isso gera uma morosidade que não vai representar nada para a sociedade. Agora, outros parlamentares têm falado que a decisão tem a necessidade da presença de um colegiado. Isso não podemos considerar um absurdo, mas nossa proposta é de que haja uma definição no âmbito de qualquer instancia do poder judiciário.

IHU On-Line – Quais as peculiaridades desse projeto?

Marlon Reis –
O principal é que ele estabelece restrição às candidaturas de pessoas já condenadas pela Justiça por crimes graves, tais como estupro, desvio de verbas, tráfico de drogas e outros grandes delitos. E também impede a candidatura de pessoas que renunciaram para escapar de punições. Isso é muito comum e, segundo o projeto, essas pessoas se tornam inelegíveis por oito anos.

IHU On-Line – Se essa lei entrasse em vigor agora, quem poderia ser cassado?

Marlon Reis –
Essa lei vai atingir todos aqueles que tiverem graves pendências com condenações na Justiça. Então, esse é um número impossível de explicitar. Entre os parlamentares, existem algumas pesquisas que revelam que não seria tão alto o número porque infelizmente os nossos tribunais andam muito lentamente. Mas, em compensação, há um grande número de pessoas condenadas por compra de votos, abuso de poder, desvio de verbas, falta de prestação de contas. É impossível precisar, mas o número é muito grande de pessoas que ficará de fora das eleições quando a nossa lei for aprovada.

IHU On-Line – O senhor saber dizer qual é o perfil dos políticos com "ficha suja" e que hoje transitam normalmente pelos ambientes da política brasileira?

Marlon Reis –
O principal aspecto são as condenações reiteradas por desvio de verbas. Infelizmente, isso é algo quase comum e aceito com uma naturalidade impressionante. Pessoas notoriamente envolvidas com desvios de verbas públicas, muitas vezes, de áreas como saúde e educação, estão aí desfilando nas colunas sociais como autoridades públicas.

IHU On-Line – Como juiz, o que esse projeto representa para a Justiça brasileira?

Marlon Reis –
Representa um crescimento da igualdade. É preciso ter regras de fibra, regras que garantam a justiça no funcionamento de todos os poderes. Precisa aprimorar também o próprio Poder Judiciário, mas, certamente, os poderes públicos, cujos titulares são eleitos estão bastante atrasados na qualidade da seleção dos seus representantes.

IHU On-Line – Hoje, a legislação trata de alguma forma desse tema?

Marlon Reis –
Hoje, a legislação é completamente leniente, é uma legislação que favorece a presença da política de pessoas corruptas, porque exige o trânsito em julgado dessas decisões. Mas isso não se aplica ao direito eleitoral. Então, não faz sentido o que diz a legislação hoje, pois ela abre as portas da política para criminosos.

IHU On-Line – Algumas pessoas que são contra esse projeto argumentam que o princípio da presunção de inocência do acusado contemplado no art. 5º da Constituição prevê a necessidade do trânsito em julgado da sentença judicial para a incidência da inelegibilidade. Como o senhor vê essa questão?

Marlon Reis –
Essa é uma tese completamente equivocada. O principio da presunção da inocência só serve para impedir a aplicação de uma sentença criminal. Se considerarmos todo mundo inocente, a não ser que haja uma decisão condenatória penal transitando em julgado, daqui a pouco não vamos poder demitir por justa causa o empresário que atirou no seu patrão. Não se aplica a nenhum outro ramo do direito, só ao ramo penal. O direito eleitoral tem sua própria principiologia. O princípio que se espera é o princípio da precaução que está previsto na própria Constituição.

IHU On-Line – Por onde esse projeto terá que passar ainda até ser aprovado?

Marlon Reis –
Bom, ele já está na Câmara, depois vai para o Senado e, depois, passa pela sanção presidencial. Nós acompanharemos cada passo para tentar garantir a maior brevidade possível. Não vamos permitir que esse projeto fique engavetado no Congresso Nacional.



 
CÁRITAS DIOCESANA
     CAXIAS DO SUL
 


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1 de out. de 2009

Boletin No. 81

Boletim enviado pelo Pe. Toni Pedraz, desde Honduras.
Mais notícias através de http://radioprogresohn.com/


CÁPSULA INFORMATIVA N° 81 1 Octubre 2009 Editado por COMUNICACIONES-SJ


Informe especial sobre golpe de Estado en Honduras


Edictos imperiales


El ministerio de seguridad facto ha hecho circular una especie de edicto imperial a través del cual actualiza lo más perverso de las dictaduras de pasados que creímos que habían sido desterrados para siempre de la faz de la tierra, pero que hoy emerge en nuestra Honduras, muy corregida y severamente aumentada.


El edicto en mención advierte que toda reunión pública deberá ser sometida a una previa autorización de la policía, con una solicitud de 24 horas de antelación, especificando los nombres de las personas responsables de la actividad, el motivo, horarios, lugar y la cantidad de participantes.


El documento en mención no desperdicia la oportunidad para advertir que toda reunión en espacios cerrados como iglesias, salones o casas que incluyen fiestas, deberán notificarse en la delegación policial más cercana, dejando sentado de esta manera que el diálogo por el cual se están reuniendo representantes de diversos sectores de la sociedad, se sostiene sobre la mano dura e irracional de un régimen que no admite la existencia de opiniones diversas y opositoras.


Un diálogo atrapado en la violencia y por el terror de la política de Estado, no puede fructificar, y cualquier mención de campañas políticas electorales en el marco de un estado de sitio, con una población que tiene que taparse la boca y encerrarse en su propio espacio doméstico, no puede ser más que un chiste de muy mal gusto.


Cualquier diálogo que busque avanzar hacia una ruta de salida a la actual crisis política, debía tener como condición innegociable la eliminación del Decreto que ha cercenado las garantías individuales. Celebrar reuniones para negociar una salida a la crisis política, teniendo a la población en resistencia con mordaza y con un filudo cuchillo en el cuello, sencillamente no puede ser un diálogo ética y políticamente posible.


Los representantes de los sectores interesados en acelerar una solución pacífica y civilizada, no debían sentarse a la mesa, sin que previamente se elimine ese Decreto de estado de sitio, de donde surgen esos ridículos edictos que a estas alturas de los tiempos, desnudan a políticos y empresarios que se empecinan en seguir teniendo a la gente como simples borregos, a quienes se les prohíbe incluso el derecho a celebrar públicamente su fe y a organizar sus propias fiestas familiares.