16 de dez. de 2015




A Diretoria Nacional da Cáritas Brasileira teve nesta segunda-feira, dia 14/12, na sede do Secretariado Nacional (SecNac), em Brasília/DF, uma reunião de transição entre a atual gestão e a nova, eleita na XX Assembleia Nacional para o próximo quadriênio. Participaram do encontro o atual presidente da Cáritas, Dom Flávio Giovenale; a vice, Anadete Gonçalves Reis; o diretor-secretário, padre Evaldo Praça Ferreira; e o diretor-tesoureiro, Aguinaldo Lima; mais os eleitos Dom João Costa, irmã Lourdes Maria Staudt Dill, Marilene Alves de Souza (Leninha) e Udelton da Paixão, na mesma ordem de cargos (os quatro estão na foto acima), além da coordenação colegiada do SecNac: Maria Cristina dos Anjos, Jaime Conrado de Oliveira e Luiz Cláudio Lopes da Silva (Mandela). Durante a reunião, que iniciou com um momento de mística envolvendo a participação de todo o SecNac (na foto abaixo), a nova Diretoria Nacional indicou Mandela como o diretor-executivo para o período 2016-2019.

Para Dom Flávio Giovanale, que é bispo da Diocese de Santarém, no Pará, a mudança da função executada na Cáritas não pode alterar o compromisso e a dedicação com o trabalho construído. “Foi eleita na assembleia uma nova presidência. Então estou deixando a presidência da Cáritas Brasileira, mas não a Cáritas. Sou Cáritas. Estava presidente, continuo Cáritas. Que Deus abençoe a nova presidência e a todo mundo que compõe esta família!, para que o amor de Deus possa se manifestar através de gestos concretos, por meio de nós”, afirmou. Ele lembrou que o Papa Francisco, em um encontro em Roma, Itália, destacou que “a Cáritas é a carícia da mãe Igreja para com os pobres”. Sendo assim, “que continuemos com esta missão belíssima nas várias funções que exercemos: o voluntariado, o trabalho nas bases ou mesmo o trabalho na presidência. A função muda, mas o espírito permanece. Vamos seguir todos e todas firmes pra frente!, que nos reencontraremos neste mundo de Deus”, apontou.

Dom João Costa, que é arcebispo coadjutor da Arquidiocese de Aracaju, no Sergipe, por sua vez, considera que sua eleição como novo presidente da Cáritas constitui ”um momento de grande desafio, mas com um olhar de confiança, pois percebo o belíssimo trabalho que a Cáritas vem realizando. Olhando para essa caminhada tão exitosa, me sinto mais tranquilo. Não estamos iniciando a Cáritas agora, ela está festejando seus 60 anos em 2016. Isso é motivo de muita alegria e esperança, porque manifesta uma caminhada consolidada. Por outro lado, apoiando-se nesta história exitosa, também olhamos para o futuro com muita esperança e desejo de colaborar para que a Cáritas continue a produzir seus preciosos frutos”.

O novo presidente se reconhece confiante diante deste novo desafio. “Foi o senhor quem me chamou, e este chamado eu ouvi também através daqueles que me escolheram para esta missão. Quem me confiou esta missão não vai me deixar só. Ele continuará ao meu lado, me capacitando cada vez mais para que eu possa dar uma resposta positiva, com o apoio e a colaboração de tantos irmãos e irmãs irmanados nesta grande rede”.

Diretoria-Executiva

Para Luiz Cláudio Mandela (na foto abaixo, com Dom João e Cristina), que assume a Diretoria-Executiva Nacional após exercer a função de coordenador do Secretariado Nacional e da Cáritas Regional Nordeste 3, os cargos anteriores lhe permitiram adquirir “uma experiência de compartilhamento de gestão que trouxe uma visão importante da Rede Cáritas”. “Neste momento, em que os desafios estão colocados pela realidade vivida pelo Brasil, é fundamental que haja instituições que possam dar seu testemunho da mensagem de Cristo. A Cáritas sempre foi importante para a transformação do país, em conjunto com a CNBB”, destacou.
Segundo ele, o novo cargo representa “um compromisso a mais, na condição de referência da coordenação colegiada”, mas que será exercido com a certeza de que o SecNac possui “uma equipe formada por bons quados, que podem contribuir para uma gestão compartilhada com os secretários e secretárias regionais e com a Diretoria Nacional, de forma a reforçar a presença da coordenação no cotidiano da Cáritas, a partir de uma experiência de gestão que trabalhe a visão de rede, identifique suas necessidades e organize sua ação junto às pastorais, movimentos sociais e organizações da sociedade civil”. “Precisamos ampliar o que já construímos, assumir novos desafios e fazer da Cáritas cada vez mais uma instituição dos pobres e para os pobres, como afirmou o Papa Francisco”, enfatizou Mandela.

Maria Cristina dos Anjos, que deixa a Diretoria-Executiva Nacional após um período de oito anos, considera este “um momento pessoal importante”, pois o mesmo lhe permite a percepção de que “muito se conseguiu fazer para implementar a missão da Cáritas”, processo este que terá continuidade com as novas Diretoria Nacional e coordenação colegiada do SecNac. “Saio da diretoria-executiva, mas continuo na Cáritas, contribuindo com o trabalho realizado, agora colaborando também com a Caritas Internacional, por meio do Comitê Executivo e do Conselho Representativo”, informou ela. Conforme Cristina, o Conselho Representativo é o espaço político de decisões da Caritas Internacional, pois garante a implementação efetiva das decisões tomadas em Assembleia Internacional. O Conselho Representativo é formado por três pessoas de cada uma das sete regiões em que se divide a Caritas Internacional. Já o Comitê Executivo acompanha o escritório internacional, exercendo a função de diretoria-executiva do órgão.